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Essa é uma marca de caneta que teve uma forte ligação com o Brasil. Inclusive houve um tempo que ela chegou a ser produzida aqui, tinha o mesmo aspecto exterior que sua similar Norte americana, mas a estrangeira era diferenciada, o mais interessante dessa marca era a enorme quantidade de Penas oferecidas para serem trocadas em suas canetas, elas eram negociadas a parte para o consumidor que podia comprar avulso e ele mesmo fazer a substituição da pena, havia um sistema de “rosqueamento” que permitia a troca em menos de 10 segundos.
Isso era um chamariz para as vendas, por que bastava trocar a pena (considerada a parte mais sensível da caneta) para que ele tivesse uma nova caneta, a marca não se preocupava com muitos modelos, ela padronizou o material e tamanho e saiu anos a fio com o mesmo estilo, talvez seja isso que não fez ela ter tanto entusiastas nos colecionadores, por que ela é muito igual, como dizem alguns colecionadores: “quem viu uma viu quase todas”.
O seu fundador foi o imigrante Inglês Richard Esterbrook que começou produzindo penas de aço no século XIX em Nova Jersey em 1856 e no inicio do século XX eles continuaram produzidos penas de aço que eram acopladas a uma haste de madeira que fazia a função do corpo da caneta e a tinta vinha direto do vidro que precisava estar próximo do usuário, a empresa começou a fazer algumas tentativas de produzir uma caneta tinteiro, os primeiros modelos eram canetas encomendadas de outras empresas geralmente em pequenas quantidades e com as penas Esterbrook que eram colocadas antes da venda, geralmente no sistema “Eyedropper” a tinta era pingada no corpo oco da caneta, como um conta gotas, somente na década de 1930 a Esterbrook entrou na produção das Canetas Tinteiro como conhecemos.
Mas o seu forte foi na época da depressão e segunda guerra mundial, sendo que fazia parte do enxoval de combate de algumas tropas dos EUA, por que ela era simples, pratica não quebrava facilmente trocava a pena e a forma de encher denominada de Lever Filled era muito conhecida pelos combatentes que com certeza possuíram algum modelo na época do colégio.
O Primeiro modelo que realmente emplacou e ganhos adeptos foram as “One Dollar” que é do final da década de 1930 quando o preço ideal para uma caneta média era de um dólar, devido à situação econômica do País, mas o modelo era comercializado a $1,50 em média.
Sua principal característica são as duas aberturas no clip que lembra losangos e no topo tem o Nome Esterbrok estilizado, uma verdadeira obra de arte
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FORMA DE CLASSIFICAR AS CANETAS ESTERBROOK
Como as penas eram muitos importantes para a Empresa, observando o formato delas é possível ter numa noção de seu período.
SURGEM OS MODELOS: SJ , J, CH, SM e L J
Em 1949 a companhia resolveu renovar seu visual, mas pouca coisa foi alterada basicamente o clip, o Top e o tamanho especialmente o diâmetro dando a sensação que a caneta ficou magra e acrescentou um sistema de tamanhos para servir tanto para crianças em idade escolar, alunos do secundário, universitários e publico em geral surge também o Botão Superior e o Botão Inferior e o restante seguia igual. Importante destacar que no início da década de 1940 saiu um modelo transição onde o terminal do corpo era reto sem o botão e alguns modelos tem essa parte meio arredondada, sem até hoje uma explicação lógica para o fato foi dada, são as “coisas da Guerra”.
S J: TAMANHO CURTO FINO
J: TAMANHO NORMAL
CH: TAMANHO MENOR E EM CORES PASTEL
SM: O DIAMETRO É UM POUCO MAIS ESTREITO
LJ : TAMANHO NORMAL FINO
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Os Modelos acima são “J” este é o estilo renovado em 1949 e seguiu assim na década de 50 no final do ciclo da empresa ela tentou alguns modelos diferentes e até mesmo abriu uma filial no Brasil mas foi superada por outras marcas em 1967 foi adquirida pela Venus Pencil e fechou definitivamente em 1971.
É necessária a explicação que não esgotei o tema Esterbrook que é uma caneta Fantástica que tem muitas curiosidades a serem exploradas como o material que eles utilizavam nas canetas e na longa lista de gravações que foram usadas no corpo das canetas pelas décadas de produção, mas esse é assunto para outra matéria, Segue abaixo umas imagens das canetas Esterbrook para entendermos sua evolução.
MODELOS ONE DOLLAR – DÉCADA DE 1930
A Terminação do corpo é reto, e o nome da marca vem no topo da caneta no clip.
Abaixo a transição para o modelo pós-guerra com o clip e anel da tampa são alterados e com um botão preto no topo da tampa e uma “One Dollar” para comparamos.
MODELOS PÓS 1949 COM VÁRIOS TAMANHOS
Os Botões estão agora no corpo e tampa o clip está riscado e o nome Esterbrook gravado nele
PROPAGANDA A ALMA DO NEGÓCIO
Propaganda na Revista Manchete em março de 1960 mostra o forte apelo à durabilidade do produto e a facilidade de trocar a pena.
Cores Claras são acrescentadas a linha de produção, mas sempre em tamanho Menor denominado de “CH”.
Acima os modelos de Esterbrook fabricação nacional com cores solidas devido à falta de tecnologia da nossa indústria na época.
No Final a Esterbrook tentou variar os modelos, mas era um pouco tarde, portanto não estranhe quando encontrar alguma fora da padronização é os últimos modelos.
Como sempre não esgotei o assunto por que existem muito poucas informações sobre a Caneta e a marca, eu o pouco que sei aprendi com o Sr. Sebastião da Ravil e o Sr. Humberto Sanches Netto sendo ele o maior especialista e colecionador de Esterbrook que conheci. Finalizo com uma frase dele o meu singelo texto: “Já pesquisei muito o assunto e a literatura que existe é muito pequena para esta caneta, que sem duvida, é uma das melhores que conheço”.
