Logo depois a implantação do Plano Real o mercado de caneta melhorou muito no Brasil, a estabilidade do nosso dinheiro permitia sonhar e as canetas tinteiro fazia parte do sonho de muitos.
Em 1997 chega às lojas especializadas em canetas a Parker Frontier que era impressionante pela beleza e acabamento e a inovadora concha, nesse momento a Parker estava passando por uma reestruturação e contava com uma rede estabelecida em 32 países e aqui no Brasil a representação estava sendo no Rio de Janeiro por que a Fabrica havia sido encerrada alguns anos antes.
A Parker Frontier era uma caneta linda muito bem feita, versátil e logo agradou diversos públicos ela saiu em quatro versões de escrita a Tinteiro, Roller Ball, Esferográfica e Lapiseira.
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ACERTARAM
Seu preço era o que hoje corresponde a 30 e 50 dólares, mas pense numa economia onde o real e o dólar estava girando em 1,75 reais, isso significava que uma Frontier tinha o custo de 45 reais. A Primeira vez que eu cheguei perto de uma Frontier veio em minha mente uma frase que até hoje eu lembro logo que eu vejo uma novamente: A Parker Acertou em Cheio! Eu nunca vi uma caneta ser tão bem aceita assim e o povo procurava o modelo com gosto, ela vendeu muito bem.
Os Primeiros Modelos começaram a circular em 1996 aqui no Brasil, esse é o Catalogo de lançamento da Frontier.
Ela era robusta, com um corpo bem estruturado, tampa de aço, clip dourado e em aço também e uma ótima empunhadura, sua pena era bem ornada com uma flor de lis estilizada, chegou a sete modelos formando conjuntos com a Roller, Esferográfica e a Lapiseira caso o consumidor desejasse e também quatro graduações de pena que eram: EF, F, M e B, eu cheguei a presenciar filas para pessoas comprarem ou simplesmente perguntarem sobre o modelo, lembrando que ainda estávamos no inicio da massificação do computador, hoje ela não repetiria aquele sucesso.
A longevidade do modelo
O Modelo foi bem por quase 9 anos e a partir de 2006 o modelo se tornou mais difícil de ser visto, mas até hoje é muito cobiçado e o seu preço subiu bastante.
Com o avanço dos computadores e celulares que traziam teclados na tela o uso da caneta caiu muito, até mesmo às esferográficas que os colecionadores acusavam de ser a culpada pelo desuso da tinteiro, hoje percebemos que foi o celular e a facilidade de escrever mensagens por esse mecanismo que atrapalhou o universo das canetas, lembrando que no tempo auge da Frontier o mais avançado nessa área de escrita digital era o torpedo.
A Parker Frontier só não agradava todos por que sua caixa era muito simples, uma caneta tão boa precisava de uma embalagem mais caprichada, mas mesmo assim ainda tinha uma qualidade que era destacar, ver o contraste de uma caneta boa numa caixa tão estranha.
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A caixa da Frontier lembra muito a frase quem vê a caixa não imagina a caneta, ela tinha outra qualidade que era a facilidade de trocar a sua Pena, isso porque a pena era rosqueável como a Estebrook oque ajudava bastante na troca de graduação da pena, evitando as burocráticas assistências técnicas.
Seu sistema de enchimento podia ser por cartucho ou conversor permitindo usar o conversor Standard (modelo que acompanhava a caneta) e o de luxo com acabamento de metal, na embalagem original vinham um conversor e dois cartuchos de tinta.
Nos Últimos anos de produção surgiram modelos de Frontier que são produzidos na Índia pela subsidiária Luxor que detêm a autorização para produzir algumas canetas que chegam aqui no Brasil. No final da produção a Frontier chegou a mais de 14 modelos e de todas acredito que as mais cobiçadas são as Demonstrator.
Lembrando que a Frontier pegou a transição do logo da Parker de Flecha elipse nos primeiros anos do modelo para o Logo do “P” estilizado que aparece nos últimos modelos.
ALGUNS MODELOS DE FRONTIER QUE VIERAM DEPOIS
FRONTIER Cinza, branca e verde.
Os Novos modelos de Fabricação Indiana
Lembro que existem outros modelos de Frontier que não chegaram ao Brasil, especialmente as Demonstrador, fique atento quem sabe você não encontra uma por ai.
