A ideia de abastecer canetas tinteiro com um cartucho plástico enchido previamente com tinta liquida e que é comprado assim e depois que acaba é descartado e o melhor sem sujas suas mãos que era apontado como o grande inconveniente do modelo, foi uma tentativa das fabricas de canetas tinteiro inovarem e manter seus produtos como algo necessário para o publico em geral devido ao surgimento e popularização das esferográficas nos anos de 1950.
O Cartucho de tinta é uma “esferograficação” das canetas abastecidas pelo tinteiro, tanto que a primeira caneta tinteiro de cartucho foi a Parker 45, apesar que a waterman havia lançado um produto similar antes e foi meio que ignorado pelo publico era a Waterman cf 54 seu cartucho era quase que único por que não permitia a reposição ou compra.
FOTO DA WATERMAN CF 54
Em 1960 que a Parker colocou a disposição o cartucho de tinta como conhecemos e logo depois a Sheaffer’s, Pelikan e até mesmo a Waterman usaram o novo metodo de enchimento
Hoje quase todas as canetas tinteiro estão adaptadas para trabalhar com tinta abastecida pelo tinteiro e pelo o uso de cartucho, mas no passado fazer uma caneta tinteiro com capacidade de estocar tinta para o uso na propria caneta exigia peças delicadas e resistentes a tinta e a corroção inerente da liquides própria do produto.
O Cartucho facilitou e simplificou a caneta tinteiro, que passou a ser composta por tres partes: corpo, tampa e a concha. Nela tem um mecanismo que prende o cartucho ao alimentador da pena, por isso alguns colecionadores mais tradicionais torcem o nariz quando eles veem uma caneta alimentada pelo sistema de cartucho.
O Preço de uma caneta tinteiro que funciona a cartucho é sempre menor que da caneta que tem o sistema de abastecimento interno e embutido.
O COMEÇO
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Em 1960 com o lançamento da Parker 45 que foi idealizada para um publico mais jovem, existe uma infinidade de cartuchos que tem em media cerca de 1,5 ml de liquido, sendo que na epoca as canetas tradicionais tinham a capacidade de enchimento de 1,1 e 1,3 ml, assim os cartuchos ofereciam mais volume.
Infelizmente o sistema de trava do cartucho para o alimentador muda conforme a marca de caneta, isso quer dizer que uma caneta de determinada marca trabalha com os cartuchos da mesma marca, isso gera uma cerca dificuldade de conseguir cartuchos se a marca não tiver uma boa rede de distribuição.Isso também incomoda por que deixa a pessoa presa a ter que comprar aquele cartucho especifico e as vezes os preço pode ser salgado e o proprietário não tem alternativa por causa do cartucho, assim ele está preso ao fornecedor. Essa falta de padronização dos cartuchos, gerou dezenas de modelos e pela dificuldade de conseguir novos cartuchos muitos usam os antigos enchendo ele pela boca e utilizando uma seringa de insulina muito comum e encontrada para venda nas farmácias.
Existe uma cartucho chamado de Universal que tem como proposito ser adaptavel para todas as marcas mas nem ele se adapta a todos os formatos de trava então o trabalho do colecionador é procurar sempre cartucho certo para sua caneta. Os Cartuchos tem tamanhos que são pequenos médios, e longos, e mesmo dentro da marca existem diversos cartuchos diferentes entre sí, no caso da Sheaffer’s na decada de 80 e 90 trabalhava com cinco formatos.
Os Cartuchos vem em embalagens de 5 unidades e conforme a quantidade de uso na escrita um cartucho pode durar até 6 meses, ele nunca deve ser guardado por um longo tempo com a caneta se ele foi rompido, se ele foi utilizado e o dono guardou a caneta sem esvasiar o cartucho, a tinta dentro dele vai secar e deixar todo os pigmentos no alimentador danificando a caneta.
O CARTUCHO QUE NOS LIBERTA É O MESMO QUE NOS PRENDE!
A Caneta Tinteiro de cartucho queria libertar o consumidor do vidro mas o prendeu aos cartuchos se a caneta não tiver um conversor que faça a função das antigas formas de alimentação de tinta.
Eu conheço colecionadores de caneta que também colecionam as caixinhas de Cartucho que é tambem uma forma criativa de preservar a memoria das empresas e as formas de propaganda, que antes eram mais funcionais e hoje são bem mais elitistas.
Eu confesso que não imagino a quantidade de marcas de cartuchos para as canetas tinteiros gosto de guardar sempre uma caixa sem uso para preservar a historia mas a cada ano vejo novas marcas chegarem as lojas, e, os seus formatos se adaptando e as travas também fazendo que cada caneta fique restrita a sua marca e modelo de cartucho. Eu gostaria muito de poder usar o cartucho que eu quisesse na caneta que eu desejasse mas o mundo comercial impede esse gosto.
MUDANÇA DA EMBALAGEM DOS CARTUCHOS DA PARKER
A Parker estampava suas embalagens com uma pena de caneta 180 no inicio dos anos 80,(segunda caixa da esquerda para a direita) e hoje os cartuchos vem neste Blister.
Observe a enorme variedade de cartuchos e formatos da Sheaffer que as vezes chegava a incomodar os consumidores pela dificuldade de encontrar o cartucho certo para cada caneta
Assim os cartuchos que eram uma tendencia ou modismo como alguns diziam veio para ficar e o bom colecionador tem que se adaptar e manter um bom estoque de modelos para suas canetas, recomendo que quando uma caneta estiver guardada na sua coleção que mantenha dentro dela um cartucho usado mais limpo para caso precise utiliza-la voce mesmo enche ele com tinta para não perder o modelo de cartucho original da respectiva caneta.
A foto acima é apenas uma pequena mostra da profusão de cartuchos que existem neste fabuloso universo das canetas Tinteiros e agora podemos dizer tambem de cartuchos.
Espero ter ajudado voces a entender um pouco mais este mundo das canetas tinteiros.
