
O Sr. Walter A. Sheaffer’s havia se estabelecido como joalheiro em 1906 em Iowa Estados Unidos, seu pai também foi joalheiro e ele tinha uma larga experiência neste ramo acumulados nos seus 39 anos de vida, nessa joalheira como era comum para um país dinâmico como os EUA ele fazia consertos das canetas de sua freguesia, por que na época os instrumentos de escrita eram verdadeiras joias individuais e de status, somente os mais ricos possuíam uma caneta, ela teria a mesma importância que algumas marcas de smartfone têm em nossa atual sociedade.
O universo das canetas estava preenchido como nomes fortes como a Parker, Watermam e muitas outras marcas, era muito difícil em 1913 abrir uma fabrica para competir com esses gigantes do ramo.
Mas o Sr. Walter percebeu que havia um nicho a ser explorado que era vender para a pessoa que precisava de um instrumento de escrita para o trabalho, para o cotidiano e lazer, e mais que acompanhasse a pessoa para a vida toda como uma parceria, um casamento.
Durante muito tempo consertando as marcas concorrentes, ele foi desenvolvendo uma nova forma de enchimento denominada de “Lever Filling” que era uma alavanca colocada na lateral do corpo da caneta que quando acionado pela mão do usuário um saco de borracha era acionado enchendo por sucção o reservatório que ele havia patenteado em 1908, mas por falta de recursos só conseguiu abrir a Sheaffer’s em janeiro 1913.

Esse sistema Simples e muito eficiente deu um grande empurrão nas vendas das suas primeiras canetas, e ele atacou pesado em propaganda colocando anúncios em grandes jornais nos anos seguintes. Mas sempre preocupado com os preços mais acessíveis.
O Sistema de alavanca foi usado durante a década de 10 e 20 do século passado e a Sheaffer’s gostava de inovar especialmente nos materiais de sua linha de fabricação.

Fonte: Arquivo pessoal
Na foto acima, um dos primeiros modelos da Sheaffer’s onde é possível ver a famosa alavanca lateral denominada de lever filling.
Se alguém perguntar para mim você gosta da Sheaffer’S ? Eu direi que sim! Eu acho ela linda, maravilhosa e me enche de orgulho ter uma coleção delas, mas muitos vão torcer o nariz e dizer que a marca é isso, que o seu material é aquilo e etc. Mas o apreciador da Sheaffer’S sabe o motivo de usar é uma elegância é um charme especialmente quando na década de 20 os modelos começaram a sair da fabrica com um pequeno ponto branco no topo da tampa, chamado de “ White dot”.

Outra novidade da marca Sheaffer’S foi atribuir um valor simbólico nos seus instrumentos de escrita, o Sr. Walter acreditava que precisava fidelizar seu publico foi por isso que ele criou o conceito lifetime, era uma garantia que vinha marcado nas penas das canetas de maior valor a partir de 1921 que não importava o motivo bastava à pessoa dizer que sua caneta tinha sofrido um acidente “não proposital” que a companhia enviaria outra caneta do mesmo modelo para substituir e isso gerou enormes prejuízos para o fabricante.

Ao longo do Século XX a caneta fez uma linha de produção muito diversificada o que dificulta às vezes precisar o período por que o conceito de inovar sempre foi rápido demais e algumas canetas causam certas dificuldades para o colecionador, uma coisa que se aprende com o tempo é observar as penas dos modelos e os clips( aquela parte que se usa para prender a caneta na roupa que está se usando). Exemplo pena cilíndrica é da década de 30 a 60, e mesmo assim às vezes acabamos aprendendo mais.
Eu gosto muito deste método apresentado na foto abaixo que é de classificar a caneta pelo clip, mas mesmo assim advirto pode esperar algumas duvidas.

Da esquerda para a direita: 1º clip de 1914 até 1926, 2º clip 1927 até 1930, 3º clip 1930 até 1935, 4º clip 1937 até 1945 e 5º clip 1945 até 1960, depois disso temos uma enorme diversidade.
Por isso que alguns acham que é chato e difícil colecionar Sheaffer’S, eu particularmente acho que o bom apreciador de Sheaffer’s tem que ser um fã de pesquisas e de mistérios. Bem vindo ao nosso mundo da Caneta Sheaffer’s a primeira para alguns…